Capítulo 123
Avery voltou ao quarto com um kit de primeiros socorros na mão.
Ela se ajoelhou ao lado das pernas de Elliot e começou a despir suas feridas.
Seus ferimentos eram mais graves do que ela imaginara.
Um grande pedaço de pele estava faltando em sua perna, revelando a carne vermelha sangrenta por baixo…
Ele devia estar em agonia!
Elliot mal se contorceu enquanto Avery tratava e curava suas feridas.
Ele notou que a respiração dela ficou pesada.
“Parece pior do que é. Não dói,” ele disse, sua voz perfurando o silêncio.
Ele queria fazê-la se sentir melhor, mas ela não queria seu falso consolo.
Avery cutucou sua ferida com o dedo, fazendo Elliot inalar bruscamente.
“Diga-me novamente o quanto não dói,” ela disse enquanto olhava para ele com os olhos avermelhados.
Elliot colocou os braços atrás dele, depois estreitou os olhos e disse: “Não dói”.
Ele estava apostando que ela não cutucaria sua ferida novamente.
Seu coração doeria com a dor dele.
“Ir para a cama! Você tem que estar em repouso por pelo menos mais uma semana. Não saia correndo!” Avery estalou, então se virou e entrou no banheiro.
Elliot encostou-se na cabeceira da cama e pegou o telefone na mesa de cabeceira.
Ele fez uma ligação e perguntou: “O que você descobriu?”
A bala encontrou seu alvo, mas não perfurou nenhum órgão importante. Não foi um tiro letal.
O culpado estava sendo interrogado naquele exato momento.
•”Ele é teimoso e não diz nada. Vamos ter que usar algumas medidas mais drásticas para fazê-lo falar. Vamos conseguir o que estamos procurando antes do amanhecer”, relatou o homem do outro lado da linha.
“Não o deixe morrer antes de falar!”
Elliot queria saber exatamente quem foi quem passou por meios tão humildes para tentar tirar sua vida.
O acidente de carro há meio ano o havia deixado em estado vegetativo.
Ela estava com medo de machucá-lo e estava dormindo na beira da cama o tempo todo.
Ele estava preocupado que ela caísse da cama enquanto dormia.
Ela voltou grogue para a beira da cama nas últimas vezes que ele tentou puxá-la para ele.
Desta vez, porém, Elliot não afrouxou seu aperto em torno dela.
O corpo rígido de Avery relaxou lentamente em seus braços.
De repente, a tela do telefone de Elliot se iluminou.
Ele havia colocado o telefone no modo silencioso para que não tocasse. •
Ele pegou o telefone e atendeu a ligação.
“Conseguimos, chefe! Ele disse que estava seguindo as ordens de Cassandra Tate! Ela é meia-irmã da senhorita Avery Tate.
A respiração de Elliot ficou pesada ao ouvir a notícia.
“O que você quer que façamos com Cassandra Tate?” perguntou o homem ao telefone. “Nós a matamos ou a mandamos para a prisão?” Elliot deu um beijo suave na testa de Avery, então ordenou com uma voz rouca: “Mate-a”.
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